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Palmitense relata sobre a superação do câncer de mama

“Eu estava dando aula de inglês para meus alunos, e entre eles estava a minha ginecologista, Wilma Brustolin. No meio da aula ela me tocou e disse: ‘Iara vai ao meu consultório, que eu preciso te tocar’”. Foi esse toque que diagnosticou o câncer de mama

Especial Outubro Rosa - 09/10/2015 10:15 (atualizado em 09/10/2015 16:37)
PALMITOS – O que você faria se soubesse que tem câncer? Rezaria? Convocaria a família? Ou se isolaria? Iara Magalhães Lara diagnosticou o câncer de mama há 10 anos. Sabe o que ela fez ao receber a notícia? Chegou em casa e ‘correu’ pagar as contas. “Eu não me desesperei, eu me preocupei com as minhas contas. Sai correndo e paguei tudo”, conta sorrindo. 
Mas por que pagar as contas? “Oh my God! Eu pensei que poderia morrer. Deus me livre deixar para os outros”, conta brincando. Até parece engraçado, mas para Iara foi uma ‘viagem’! Extrovertida e alegre, ela não se desesperou e nem se abalou com o fato de estar com câncer. Muito pelo contrário, enfrentou a enfermidade como um desafio. “Meu pai e meus tios morreram de câncer. Então o fator genético era muito forte”, revela. 
Iara faz parte do dado estatístico de mulheres que sofrem ou já sofreram com a doença. No Brasil e no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre elas. Segundo Instituto Nacional do Câncer (Inca), a enfermidade responde por cerca de 25% dos novos casos a cada ano. Estima-se para 2014 e 2015 sejam diagnosticados 57.120 novos casos de câncer de mama no Brasil, com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres.

Sensibilidade 

Iara descreve a forma como descobriu o câncer como ‘interessante’. Ela estava dando aula de inglês para um grupo de pessoas, e dentro desse grupo estava à ginecologista Wilma Brustolin. No meio da aula, ela toca Iara e diz “vai ao meu consultório, que eu preciso te tocar”. 
A ginecologista diagnosticou que Iara estava com o nódulo bem no bico do seio, local de difícil percepção. “Ela foi comigo, me levou no médico dela em Chapecó e lá ele me pediu exames que constaram que eu tinha câncer”, relata. 
A operação foi feita de imediato, mas como era no bico do seio, não teria como tirar parte, mas sim todo seio. “Entre 10 a 15 dias a cirurgia foi realizada”, acrescenta Iara. Outra coisa interessante que aconteceu, foi quando a palmitense estava na sala de espera aguardando a cirurgia. Nesse momento, coincidentemente passou o seu amigo e cirurgião plástico Fábio Portanova. “Ele me perguntou o que eu estava fazendo ali, eu disse que precisava tirar a mama. Fábio disse pra mim não se preocupar, que depois ele reconstituía o seio de novo”, conta. 
A cirurgia transcorreu dentro da normalidade, e depois de um ano, Iara colocou uma prótese mamária. “Aquela vez tinha seis mulheres que iriam reconstituir a mama, de todas, apenas o meu não deu problema. Fábio disse que isso era porque eu era muito alegre”. O bom humor da paciente, segundo Portanova é um dos fatores que auxilia na recuperação. 
Iara salienta também, que logo após as cirurgias, iniciou o tratamento de recuperação nas piscinas da Ilha Redonda. “Eu comecei a fazer fisioterapia na água, mas, além disso, mantenho uma alimentação regrada, faço exercícios e serviço voluntário e sou muito feliz”, afirma. 
A única coisa que mudou na vida de Iara foi a profissão. Ela deixou de exercer a profissão de engenheira civil, devido ao seu braço esquerdo. No entanto, continua dando aulas de inglês em Palmitos. “Parei de subir em construção e em lajes altas. Comecei a me cuidar mais”, frisa.

Mensagem de Otimismo 

A família de Iara também foi fundamental para a recuperação. “Eu recebi muito apoio. Meu ex-marido fazia correntes de oração no dia da cirurgia. Eu só não contei para a minha mãe que estava em Porto Alegre”, lembra. Ela esclarece que não contou para a sua mãe, pois queria evitar preocupação, pois o pai já havia morrido de câncer, então preferiu poupá-la. 
Atualmente com 62 anos, Iara deixa claro que o fato de ter diagnosticado precocemente o câncer evitou problemas mais graves. “Eu não precisei fazer radioterapia, quimioterapia e isso tudo foi evitado por que foi descoberto logo. Por isso tem que ir ao médico, tem que fazer check up, ainda mais quando tem histórico”, ressalta. Depois de tudo isso, a autoestima de mulher de Iara não decaiu e sempre esteve em alta. “Eu vivi mais pra mim, e tudo passa e nada é por acaso”. 

Fonte: Darlei Lottermann
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