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“Está em jogo o futuro dos catarinenses”

Gelson Merisio conquistou no primeiro turno a confiança de 1.121.869 eleitores, o que representou 31,12% dos votos válidos. Isso fez com que ficasse em primeiro lugar na disputa pelo governo de Santa Catarina, ao lado de Comandante Moisés (PSL)

ELEIÇÕES 2018 - 26/10/2018 09:44 (atualizado em 26/10/2018 10:08)
Jornais Adjori/ADI - As pesquisas internas apontavam que o senhor iria para o segundo turno com o Comandante Moisés, ou foi uma surpresa?
Gelson Merisio - Independentemente do resultado, a missão é a mesma: apresentar nossas ideias e convicções para os eleitores catarinenses. O nosso objetivo é seguir trabalhando forte, do nascer ao pôr do sol, visitando nossos municípios e ouvindo as pessoas. As nossas pesquisas, e até mesmo aquelas divulgadas na imprensa, indicavam que estaríamos no segundo turno contra o MDB e em segundo lugar. Mas, o eleitor escolheu diferente e nos colocou em primeiro lugar na primeira etapa.
Adjori/ADI - Que recado foi dado pelos catarinenses ao deixar de fora nomes consolidados na política?
Gelson Merisio - Antes da eleição começar, entendia que viveríamos um momento diferente e que seria possível conversar de forma mais direta com a sociedade, falar a verdade abertamente ao abordar temas difíceis e, mesmo assim, ter êxito eleitoral. Até muito pouco tempo atrás, enfrentar temas difíceis praticamente inviabilizava projetos eleitorais. Essa é a grande virtude das redes sociais, que permitem um contato permanente com o eleitor para explicar propostas e combater a difamação gerada pelas notícias falsas.
Adjori/ADI - A onda de fake news afetou o segundo turno?
Gelson Merisio - Fui o principal alvo de fake news durante o primeiro turno. Os ataques começaram ainda na pré-campanha. Entristece-me relatar que ainda não se encerraram. Mesmo assim, o fato de eu ter sido o primeiro colocado no dia 7 de outubro mostra que as mentiras não encontraram eco entre os eleitores. O catarinense é inteligente e sabe diferenciar as invencionices caluniosas das informações reais.
Adjori/ADI - Seu apoio a Bolsonaro foi polêmico, com partidos pedindo para sair da coligação. O mesmo apoio não ocorreu por parte do presidenciável do PSL. O senhor esperava um retorno mais positivo?
Gelson Merisio - O próprio Jair Bolsonaro deixou claro que quem irá escolher o futuro de Santa Catarina são os catarinenses. Eu abri meu voto para o Bolsonaro porque fiz questão de mostrar de qual lado do rio estaria e estou. Nunca pedi nada em troca, apenas mostrei o que acredito ser melhor para o Brasil: eleger Bolsonaro presidente. A polarização entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro acabou sendo antecipada para o primeiro turno e tive que abrir meu voto. O que nós queremos agora é fazer um debate relevante sobre Santa Catarina. O que estará em jogo é o futuro dos catarinenses, que precisam ter segurança, saúde e educação de qualidade, no que faz muita diferença o preparo e a experiência de gestão.
Adjori/ADI - As propostas permanecem as mesmas ou há novas percepções ao percorrer o Estado?
Gelson Merisio - As propostas que apresentamos são de grande aceitação por parte da sociedade. Vamos reforçar o efetivo da polícia em cinco mil homens com a reconvocação voluntária de policiais da reserva, aumentando de 10 mil para 15 mil nossa primeira força de combate ao crime. O fim da geografia das urnas e a busca por uma gestão mais técnica no governo, com o corte de 1.400 para apenas 200 cargos comissionados é outro compromisso. E a garantia de que no mínimo 50% dos cargos de liderança no governo serão ocupados por mulheres também é prioridade. Essas são algumas medidas que já temos no nosso Plano de Governo e que mostramos ao longo dessa caminhada como iremos executar. Acredito que a experiência de gestões à frente do Sebrae, da Facisc e da Assembleia Legislativa me permitirão colocar em prática no Executivo ações que eu já apliquei nesses lugares.
Adjori/ADI - Caso eleito, qual a primeira medida a ser efetivada e que poderá já estar na agenda dos catarinenses?
Gelson Merisio - Temos uma agenda extensa de primeiro dia caso a população escolha nossas propostas: declarar guerra ao crime organizado como primeira medida da prioridade para a segurança pública; extinguir totalmente as antigas secretarias regionais; o corte de quase 85% dos cargos comissionados; corte de oito secretarias centrais, para começar a construção de um Estado enxuto, com apenas dez secretarias e equipes pequenas, mas eficientes. A partir dessa base, conseguimos iniciar os caminhos que nos levarão a um Estado que volte para sua essência: prestar serviço público de qualidade à população. Um servidor a menos em cargo administrativo ou comissionado é um policial a mais na rua ou um enfermeiro a mais no hospital.
Fonte: Adjori/ADI
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