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Próximo presidente terá um cenário econômico desafiador

Doutor em ciência política, Rafael Cortez, palestrou em Chapecó e avaliou as necessidades para o futuro do Brasil

CENÁRIO ECONÔMICO - 01/11/2018 10:03
Empresários, lideranças e estudantes acompanharam a palestra (Foto: Divulgação)
Reconstruir a estabilidade econômica do Brasil é um dos desafios do novo governo federal. O assunto foi analisado nesta semana pelo doutor em ciência política Rafael Cortez que palestrou em Chapecó sobre o tema “O que vai ser do Brasil? Política e economia no próximo mandato”. O evento foi promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), com apoio da Unoesc Chapecó, e integrou a programação da gestão itinerante que a FIESC implementou nesta semana no Oeste.
            De acordo com Cortez, a política ganhou uma dimensão muito maior. “O brasileiro percebeu a importância do processo político que começa desde a economia e reflete no nosso dia a dia. Vivemos agora o último capítulo de uma longa história que começou em 2013 com a crise e os protestos sociais que emergiram de maneira inédita no País. Podemos analisar esse longo período como uma tentativa do mundo político de se reconstruir para conseguir fazer frente aos desafios econômicos”.
            O grande desafio da política é, a partir das eleições deste ano, saber se será reconstruída a estabilidade para o retorno do crescimento econômico. Para o especialista, o Brasil é um sistema difícil, com dois partidos polarizados. “Jair Bolsonaro tem favoritismo nas pesquisas e, caso seja eleito, o PSL terá que liderar um amplo bloco de partidos para chegar aos 60% de apoio na Câmara e no Senado, necessário para aprovação de qualquer reforma constitucional”. Para aprovação de emenda constitucional é necessário aprovação de três quintos dos deputados (308) e dos senadores (49). “O próximo presidente precisa conseguir coordenar os partidos para votar uma agenda que seja boa para a economia e isso não é fácil fazer”, acrescentou Cortez.
            Outro aspecto avaliado pelo especialista é a necessidade de, paulatinamente, diminuir a polarização. “Precisamos caminhar para a moderação política porque se assim não for, a área econômica dificilmente receberá o destaque que precisa. Essa é tarefa crucial do próximo mandato”. Entre os desafios do próximo governo na área econômica estão a reforma da previdência, uma nova legislação para o reajuste do salário mínimo e mudanças no setor tributário. “Não é agenda fácil. O presidente terá que tomar decisões difíceis para que as contas públicas voltem ao lugar”, salientou Cortez.
            O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, frisou a importância de ouvir a análise de quem estuda economia e política. “O País vive um dos momentos mais desafiadores de sua história, com incertezas e radicalismo. Tivemos dois turnos de campanha nos quais a discussão de ideias e propostas perdeu espaço para ataques pessoais. O setor produtivo deu a sua contribuição e inclusive lançou documentos com propostas para contribuir com os planos de governos dos candidatos. No caso da FIESC, foi a Carta da Indústria”. Entre as demandas prioritárias para a Federação estão a não elevação dos impostos e a infraestrutura.
FAKE NEWS
            Durante o evento o coordenador de jornalismo da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), Marco Aurélio Gomes, apresentou a campanha da entidade contra notícias falsas. Com o slogan “Não pague o pato, confie em quem apura o fato!”, a Acaert percorreu o Estado com o mascote Fakelino e distribuiu material informativo com dez dicas sobre como as pessoas podem identificar uma notícia falsa e como não passá-la adiante.
Fonte: MB Comunicação
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