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Após quatro meses de demissões, Brasil cria 131 mil vagas formais de emprego em julho

Segundo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, esse também é o melhor resultado para julho em oito anos. No acumulado deste ano, porém, mais de 1 milhão perderam emprego

Economia - 21/08/2020 16:57 (atualizado em 21/08/2020 17:03)

Foto: Divulgação


O Brasil voltou a gerar empregos com carteira assinada em julho, quando o saldo líquido somou 131.010 vagas abertas, informou nesta sexta-feira, dia 21 de agosto,  o Ministério da Economia. No mês passado, foram contratados 1.043.650 trabalhadores formais, e demitidos 912.640.

A programação inicial do governo era de que o resultado seria publicado somente na quinta-feira da semana que vem, dia 27, mas a divulgação foi antecipada pela área econômica.

A evolução positiva do emprego formal se dá após quatro meses de queda, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).


Comportamento do emprego formal em 2020

(com atualização dos números dos meses anteriores a julho)

115.986115.986226.713226.713-263.177-263.177-927.598-927.598-355.933-355.933-19.579-19.579131.010131.010JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulho

Fonte: Ministério da Economia

De acordo com dados oficiais, esse também foi o melhor resultado, para este mês, desde 2012, quando foram contratados 142.496 trabalhadores com carteira assinada. Ou seja, foi o melhor julho em oito anos.

No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, ainda segundo informações do Ministério da Economia, as demissões superaram as contratações em 1,092 milhão de empregos formais.

As demissões refletem o impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho brasileiro, que está empurrando a economia mundial para uma forte recessão. No Brasil, estimativa mais recente dos economistas dos bancos é de uma queda de 5,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.


Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou do início da transmissão pela internet em que representantes do governo comentaram os dados do Caged. Ele classificou o resultado de julho de "extraordinário" e disse que ele mostra que o Brasil está retomando o crescimento.

“Isso é uma notícia extraordinária, depois de três meses de destruição líquida de emprego. E aumentamos o ritmo de criação de emprego na economia”, afirmou.

Segundo o ministro, os dados confirmam a hipótese do governo de que o PIB do Brasil não iria cair tanto quando o estimado por bancos e organismos internacionais, e que a retomada do crescimento no país será em “v”, mas com um retorno de crescimento mais lendo porém seguro.


Setores da economia

A movimentação das vagas de empregos nos diferentes setores da economia em julho foi a seguinte:


Criação de vagas por setor da economia

Em julho de 2020

Número de vagas53.59053.59041.98641.98628.38328.38323.02723.027-15.948-15.948IndústriaConstruçãoComércioAgropecuáriaServiços-20k020k40k60k
Comércio
Setor 28.383

Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho


Por região

Segundo o Ministério da Economia, as cinco regiões do país registraram contratações em julho.


Criação de vagas por região do país

Em julho

Número de vagas34.15734.15722.66422.66420.12820.12814.08414.08413.29713.297SudesteNordesteSulCentro-OesteNorte05k10k15k20k25k30k35k40k

Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia

Por estado, as maiores contratações foram em São Paulo, com 22.967 novas vagas; Minas Gerais (+15.843) e Santa Catarina (+10.044).

Por outro lado, o saldo de Rio de Janeiro, Sergipe e Amapá foi de demissões: 6.658 (Rio); 804 (Sergipe); e 142 (Amapá).

Fonte: G1 SC
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