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Municípios da região intensificam ações alusivas ao Setembro Amarelo

Profissionais da área social e psicológica da região, destacam sobre a campanha nacional prevenção e cuidados com saúde mental, o “Setembro Amarelo”, que tem como principal objetivo reforçar a valorização da vida e prevenir o suicídio

Saúde mental - 15/09/2020 16:01

Foto: Divulgação


Ter controle sobre nossos sentimentos é um verdadeiro desafio, principalmente se estamos enfrentando problemas financeiros, familiares ou no trabalho. Por esse motivo, no mês de setembro foi criada a campanha que alerta a população sobre a prevenção e cuidados com saúde mental, o “Setembro Amarelo”, que tem como principal objetivo reforçar a valorização da vida e prevenir o suicídio.

Mas de que forma a família, amigos, colegas de trabalho ou mesmo um desconhecido pode ajudar alguém que está vulnerável psicologicamente? Segundo a coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I) de Palmitos, Andreia Dietrich, qualquer pessoa da comunidade pode procurar o CAPS para informações ou encaminhar pessoas com necessidades. “Desde o primeiro momento em que a pessoa vem até o CAPS, ela passa por um acolhimento onde é realizada uma escuta acolhedora e especializada sendo que, após este primeiro momento, são realizados os encaminhamentos pertinentes ao caso”, explica.


Como identificar os sinais de que alguém precisa de ajuda?

De acordo com Andreia, apesar de nos sentirmos impotentes diante de uma situação em que alguém pretende acabar com a própria vida é preciso conversar diretamente com ela sobre esse sofrimento.“Nunca devemos achar que ela está fazendo para chamar a atenção. Devemos ter um diálogo aberto, respeitoso e acolhedor. Tentar entender qual é o sentimento que ela está vivendo naquele momento e escutar sem julgar, oferecendo ajuda de um profissional que possa dar suporte psicológico e emocional para aquele momento, e para o futuro. O principal é não deixar essa pessoa sozinha, mesmo que ela não demonstre mais intenção ou desejo de cometer suicídio”, enfatiza.Outra questão importante, colocada por Andreia, é que nem todo suicida demonstra o que sente. “O isolamento excessivo, dificuldade em expor seu sentimento e pensamento, apatia, tristeza profunda, depressão não tratadas corretamente, frustração também podem indicar algo. Pessoas que falam em cometer suicídio estão pedindo ajuda e não estão querendo chamar a atenção”, alerta.


Como pedir ajuda?

A comunidade pode buscar ajuda através dos serviços ofertados pelo município na Unidade Básica de Saúde (UBS) e no CAPS, que fica localizado na Avenida Brasil, n 1128, no centro da cidade com atendimento das 7h às 11h e das 13h às 17h de segunda a sexta-feira. O atendimento presencial é feito por agendamento, que acontece através dos contatos (49) 36470171 / (49) 3647 9616 ou pelo WhatsAtpp (49) 984189544.Ainda, quem necessitar de ajuda também pode entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), no número 188 ou pelo chat: www.cvv.org.br.


PALMITOS

No município de Palmitos o mês terá atividades que serão desenvolvidas na comunidade. Entre elas, está prevista a distribuição de camisetas amarelas para uso dos profissionais envolvidos na campanha como psicólogas, assistentes sociais, conselheiras tutelares, enfermeiras e médicos.

Ainda, será realizada impressão de folhetos e cartilhas para distribuição à comunidade, uma roda de conversa sobre o tema “Saúde Mental: Cuidando do Cuidador”, que acontecerá de forma on-line com a Rede de Apoio de Palmitos e Caibi, no dia 18 de setembro (poderá ser alterado). Ainda, haverá momento para troca de experiência entre profissionais do CAPS da região no dia 25 de setembro.

A conscientização é uma ação da Secretaria Municipal de Saúde, através do Centro de Atenção Psicossocial de Palmitos (CAPS), em conjunto com os demais serviços que compõem a Rede de Apoio: Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS ), Secretaria de Assistência Social, Secretaria Municipal de Educação, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Conselho Tutelar.


RIQUEZA

A assistente social de riqueza, Soeli Hoppe, e a psicóloga Bárbara Grisotti, também destacam ações que pode auxiliar. Segundo Bárbara, a primeira medida preventiva é a educação. O estigma e o tabu relacionados ao assunto são aspectos importantes. Durante muito tempo, até mesmo por questões religiosas, morais e culturais, o suicídio foi considerado um pecado, talvez o pior deles. 

Por isso, ainda existe um medo e uma vergonha em falar abertamente sobre esse importante problema de saúde pública. “De uns tempos para cá, em função da campanha Setembro Amarelo, surgiram mais informações sobre o tema, fazendo com que as pessoas tivessem mais acesso a recursos de prevenção.

É importante ficar atento a sinais de isolamento, mudanças marcantes e hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com a aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda”, ressalta.

A assistente social destaca que, há uma regra fundamental que funciona independente dos problemas que a pessoa possui, é a família, a rede social de apoio, amigos e trabalho. “Quando a pessoa é amparada, mesmo que ela esteja em sofrimento, diminui-se o risco de suicídio. A ausência destes vínculos aumenta o risco, então, seja a rede de apoio dessas pessoas, ajude, escute, ampare, converse. E para quem está passando por um momento difícil, busque ajude. Procurar auxílio não é sinal de fraqueza. O suicídio tem prevenção, viver sempre é a melhor opção”, reforça.


MONDAÍ

Em entrevista concedida à imprensa, a coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Mondaí, Natália Cristina da Silva, falou sobre as atividades desenvolvidas no local. Nesse mês de setembro, é lembrado o mês de Prevenção ao Suicídio.Natália destacou que o CAPS está distribuindo materiais aos usuários, com orientações alusivas ao tema.

Ela frisou que devido à pandemia, não será possível realizar eventos com aglomerações, por isso, nesse ano não acontecerão palestras e outras ações.Para a coordenadora do CAPS, o primeiro passo para a prevenção é falar sobre o suicídio para a quebra de paradigmas e tabus. Criado em 2014, o ‘setembro Amarelo’ é uma campanha que busca levar à sociedade o diálogo sobre o suicídio.O Centro de Atenção Psicossocial atende pessoas dos municípios de Mondaí, Riqueza, Iporã do Oeste e São João do Oeste.


Fonte: Redação jornal Expresso d'Oeste
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